Salão Real => Menegroth

*Celeborn entao abre as portas do Salao Real de uma maneira que podia ate ser considerada atrevida e percebendo isso se desculpa com seu tio Elu Thingol que ja se postava a muito tempo em seu trono*

*apos explicar sua situaçao para seu tio ele entao diz*

-Pensei em uma terra exatamente a oeste daqui, o territorio de Andrast, seria vizinho seu, tio... eu lideraria toda aquela area a oeste do rio onde fica a cidade de Annulonde o reino se chamaria Doriath-Dun, ou Doriath-do-Oeste, a tempos penso nisto e agora parece que minha vontade me venceu... o que acha disso grande Elu?!

*ele entao se posta a frente de seu tio ancioso por uma resposta*

Elwe que estava a debater com um de seus ministros é surpreendido pelo clangor das portas. Ele se levanta repentinamente como se de la de cima fosse lançar um raio sobre o que passace pelo arco da Porta, mas logo a furia abandona seu semblante pois este ve que é Celeborn quem vem em sua direção.

Ele senta-se letamente enquanto diz em resposta ao pedido de perdão do sobrinho: Aceito vossas disculpas, mas diga-me o que se passa para que venha até mim com tamanha pressa.

Thingol ouvia Celeborn com extrema atenção. Com a mão direita em Seus labios, Ele era tomado por inumeros pensamentos enquanto cada uma das palavras que Seu sobrinho falava tomava forma em Sua mente. Não era desejo do Rei que a familia real se separasse, mas era verdade que o povo Sindar precisava de espaço para crescer.

Quando Celeborn terminou Suas palavras, Elwe nao disse nada, ficou quieto com um olhar perdido, tomado por pensamentos. Levantou-se então tão lentamente quanto sentou, olhando para uma janela no salao que dava para o oeste onde se podia ver uma longa cadeia de altas montanhas.

Olhou então Thingol para Celeborn com um agradavel sorriso no canto dos labios, puxou-o pelo obro e disse apontando para a janela:

- Ve aquelas montanhas, Filho de Minha Irma? Sou tao antigo quanto elas. Ve os raios de sol que toca sua pele rochosa? Sou mais Velho que eles. Sente o vento que sopra e molda Seus cabelos? Fui um dos primeiros a senti-los.

Olhou então em Seus olhos e disse segurando-o nos ombros:

- Tera seu pedido aceito e se tornara lider de um povo que crescera como a arvore plantada junto a um rio corrente que é tratada com sabedoria e carinho. Mas lembre-se que... - olhou entao para as montanhas e neste momento uma agradavel brisa entrou por ela - não importa o quanto o vento sopre, a montanha jamais se curva diante dele.

Assim ele disse, e em suas palavras havia a esperança de que Celeborn traria honra ao povo Sindar.

*entao, como se fosse uma surpresa para Celeborn o que seu tio Elu Thingol acabara de ter dito, um leve sorriso que se bem olhado esbanjava rios de felicidade*

-Obrigado tio, que assim seja... -disse Celeborn a seu tio Elu-

*ele entao faz uma longa reverencia, se despede e vai para seus aposentos arrumar suas coisas, pegar provisoes nos armazens, e se preparar para a viagem que o levara ao destino de sua vida, seu proprio reino*

A Luz que entrava pela janela se deitava sobre o rosto de Thingol. Seus longos e finos cabelos prateados se espalhavam com a agradavel e fria briza que entrava.

Um sorriso ainda estava em seus labios quando ele ouviu o som das portas se abrirem, mas ele nao teve pressa alguma em se virar, mas quando o fez, sentiu-se enfeitiçãdo por uma magia mais antiga que ele... a beleza.

A medida que a elfa se aproximava o rei se sentava como se estivesse perplexo com o que via. E diante dele ela se curvou e lhe disse palavras que lhe soaram como o som de aguas correntes. Os olhos prateados do Senhor elfico revelavam sua satisfação e o desejo de sua alma.

Disse então com vagar e suavemente:

- Creio que eu deva ser pundo pelo que fiz, pois embora tenha pensado que fazia um favor a ti, Lady Idrial, em acolhe-la em meus dominios, acabei em beneficiar a eu mesmo.

Agora ele olhava em seus olhos de forma tão direta e aguda quanto a ponta de uma agulha. De tao clara, a iris quase se fundia com o branco de seus olhos, tornando-o um ser dificil de se encarar, mas agora seu olhar era terno.

- Menegroth é a mais bela morada dos filhos de Eru. Antes, dizia-se que apenas em Valinor se podia encontrar beleza superior, mas agora que estas entre nós, nem mesmo as Terras Abençoadas são tao agradaveis.

Levantou-se entao e estendeu sua mao a ela, e levantando-a beijou delicadamente sua mão e disse:

- É uma honra ter-te entre nós, Lady Idral.

-Não MIlady - disse ele segurando firme sua mao para que ela nao se fosse - fique, nao me incomoda... me inspira... e est é apenas uma de todas as reações que causa em meu ser.

Fique, e fale de você, fale-me como foi ser vitima da traição de fenor e do seu povo... fale-me da viagem de valinor.

Assim ele disse e se sentou no trono com o olhar fixo enquanto um serviçao trzia um assento para a elfa.

Os olhos do Senhor dos Sindar brilhava enquanto ela falava-lhe sobre Valinor. Desde que despertara ele sonhava colocar seus pés outra vez em Valinor mas isto nao foi possivel:

- Lembro-me dela - disse ele lentamente - lembro-me da luz que se deleitava sobre meu rosto. Quando seus antepassados despertaram na Terra-Media, eu fui escolhido junto a mais dois outros para ver as terras abençoadas e relatar oque vi ao povo, e um destes éra seu Senhor, Finwe, Lider dos Noldor, que foi o Primeiro ser Assassinado da historia do mundo, e que aconteceu pelas maos de Morgoth Bauglir - Quando disse este ultimo nome ele bateu nos apoios de seu trono como se conesse uma ira enorme em seu peito. Mas em seguida continuou:

- VOltei para as terras-de-ca com uma anciedade enorme de leva-los para aquela terra de abundancia de alegria e prosperidade... mas me perdi com meu grupo e mais tarde decifi ficar por aqui mesmo.

Todos os elfos que voce encontrar por aqui na terra-media que nao seja Noldor sao os chamados Elfos-das-Trevas, pois estes jamais viram a luz de Valinor ou foram tocados por ela. Apenas eu, de todo o continente nao sou incluido entre eles, mas meu anceio sempre foi leva-los ate la.

- Ha sim... Nessa - Exclamou ele como se estivesse lembrando de algo - Queria eu ser como ela, festejar mesmo quando o mundo despenca sob seus pés.

Entao apos ouvir suas ultimas palavras ele diz olhando ficamente em seus olhos:

- Sim quero, quero que fassas algo. Quero que nunca deixe Doriath sem meu consentimento e que em tudo que fassa use o nome do Rei Thingol, seja na guerra, seja na paz. Assim seras recompensada por mim com as maiores honrarias de Menegroth.

Um Agradavel sorriso surgiu em seu rosto e ele disse curvando levemente a cabeça:

- Que assim seja, Milady. Nao exite em pedir sempre que for necessario alguma coisa... seja simples ou complexa. O Rei Manto-Cinzento estara sempre aqui para o que quer que desejares.

Beijou uma ultima vez sua mão e em seguida voltou a olha-la nos olhos.

Desculpas? - indagou ele - Nao ha porquê pedi-las. Traga a mim quem é o insano que nao se agrade de receber elogios.

Ja eu nao tenho coragem de dizer nada sobre vossos traços, milady, pois nem que eu falasse a lingua dos Ainur, nem assim encontraria palavras belas o suficiente para descrever a graça de sua beleza.

Vendo que ela ficara em silencio, o Rei Thingol sorriu enquanto olhava em seus olhos, embora ela estivesse a olhar para o chao. Viu entao que ela se tornara cara para ele e disse:

- E vossa beleza nao pode se perder, mas deve perdurar para sempre, seja na Terra-Media, seja em Valinor, se a voces for permitido que voltem algum dia. E é por belezas como a vossa que estou procurando Zelar.

Neste momento o sorriso desapareceu de seu rosto como se uma nuvem negra pairasse sobre seus pensamentos, como se uma lembrança terrivel o acometece. Seu olhar se perdeu e as palavras belas que saiam de sua boca se findaram.